No final da década de 70 e início da década de 80 a
sociedade se deparou com uma nova fase da vida que até então havia passado despercebido
por muitos, a Adolescência, onde não somos adultos, mas, também não somos
crianças.
Frente a essa descoberta, a indústria cinematográfica tratou
de retratar essa fase de modo brilhante e profundo, entretanto, no final dos
anos 90 tivemos um declínio da qualidade destas produções, em todos os níveis,
desde o roteiro passando por direções desleixadas e até atores relapsos,
fazendo destas películas um eco do passado, porém, sem brio e prestigio.
Mas, nem todos os filmes são assim! As vantagens de ser
invisível já nasce clássico, com uma belíssima direção, um roteiro original e
excelentes atuações!
Embora seja ambientado na fase escolar, diferente de todos
os demais filmes do gênero, ele é um
drama psicológico do carismático Garoto invisível, vulgo Charlie.
A história é narrada sem pressa e com maestria através das
cartas que Charlie envia a seu eu lírico
relatando suas experiências pessoais.
Nestas cartas surgem nossos queridos personagens que compartilham a vida de Charlie, entre eles
temos o brilhante Ezra Miller interpretando Patrick, um jovem ousado, porém desinteressado quanto a seu próprio
futuro, seu romance as escondidas com o quarterback da escola rouba a atenção
em vários pontos e nos cativa.
Juntamente com Patrick temos nossa querida Emma Watson,
interpretando a carismática e bela Sam, sua personagem se sente culpado por um
passado desonroso que macula sua confiança
e seu alto estima.
Temos ainda outros integrantes do filme que foram privilegiado
pela mente criativa de Stephen Chbosky que nos apresenta vários perfis elaborados e complexo, como Nina Dobrev que interpreta a imã de Charlie,
preocupada com a doença mental do irmão, mas, ainda sim lidando com o amor e as
difíceis escolhas para o futuro escolar- além dela, temos o professor de
literatura, a família de Charlie, e é claro seu amigos que formam uma espécie
de clube da diferença.
E neste ponto, quando Charlie é integrado ao clube da
diferença,a trama se aprofunda e vemos jovens-adultos, que ilustram muito bem a
boemia francesa com suas divagações e diferenças filosóficas e religiosas,
incluindo é claroo consumo de substâncias etílicas e alucinógenas.
Enfim, O filme é completo, com antinomias, referências a
cultura underdog e hipster, como o baile
de Sadie hawkins e o musical The Rocky Horror Picture Show, a influência da indústria
musical, regado a reflexões poéticas e filosóficas que são presentes a essa
fase da vida , a adolescência.
O filme ainda conta com uma trilha sonora eclética, contendo
músicas antigas e atuais, atores de ponta, uma direção brilhante, uma narrativa
agradável, passando por situações polêmicas sem ser vulgar ou sensacionalista,
temos sem dúvida uma película que já é
uma obra prima e merece um lugar junto aos grandes clássicos como: a menina
do vestido cor de rosa, nos embalos de sábado
a noite, 10 coisas que odeio em você, segundas intenções, karatê kid , Et o
extraterrestre e outros que agora não me recordo.
Em uma escala de 5 estrelas esse filme merece todas elas!
P.S.: O filme é baseado no Livro As vantagens de ser invisível
de Stephen Chbosky que também dirigiu o filme.
Nenhum comentário:
Postar um comentário