domingo, 17 de maio de 2015

[Resenha] O Guardião de Memórias

Título: O Guardião de Memórias
Autora: Kim Edwards
Minha avaliação: ★★★★
Editora: Arqueiro
Ano: 2008
Páginas: 319

Sinopse:

Com mais de três milhões de exemplares vendidos nos Estados Unidos, O Guardião de Memórias é uma fascinante história sobre vidas paralelas, famílias separadas pelo destino, segredos do passado e o infinito poder do amor verdadeiro. Inverno de 1964. Uma violenta tempestade de neve obriga o Dr. David Henry a fazer o parto de seus filhos gêmeos. O menino, primeiro a nascer, é perfeitamente saudável, mas o médico logo reconhece na menina sinais da síndrome de Down. Guiado por um impulso irrefreável e por dolorosas lembranças do passado, Dr. Henry toma uma decisão que mudará para sempre a vida de todos e o assombrará até a morte: ele pede que sua enfermeira, Caroline, entregue a criança para adoção e diz à esposa que a menina não sobreviveu. Tocada pela fragilidade do bebê, Caroline decide sair da cidade e criar Phoebe como sua própria filha. E Norah, a mãe, jamais consegue se recuperar do imenso vazio causado pela ausência da menina. A partir daí, uma intrincada trama de segredos, mentiras e traições se desenrola, abrindo feridas que nem o tempo será capaz de curar. A força deste livro não está apenas em sua construção bem amarrada ou no realismo de seus personagens, mas, principalmente, na sua capacidade de envolver o leitor da primeira à última página. Com uma trama tensa e cheia de surpresas, O Guardião de Memórias vai emocionar e mostrar o profundo - e às vezes irreversível - poder de nossas escolhas.


Comentários:

David é um ortopedista competente e vê sua vida se transformar quando se apaixona por Norah. Após 1 ano de casados, Norah fica grávida, e o amor dos dois cada vez mais se intensifica. As coisas mudam quando Norah entra em trabalho de parto em uma noite de forte nevasca. David a leva ao hospital, mas se vê obrigado a fazer o parto devido ausência do médico. Assim nasce Paul, um menino forte, e David percebe que Norah continua em trabalho de parto, e nasce Phoebe, uma linda e frágil menina. Devido ao esforço, Norah fica desacordada, e David percebe que a filha é down. Isso o impacta muito, e ele toma a decisão que mudará seu relacionamento para sempre. Pede a enfermeira, Caroline, que leve a menina para o endereço que ele irá indicar.

Assim, Paul e Phoebe foram separados. Para Norah, David diz que tiveram dois filhos, mas que a menina faleceu. Enquanto isso, Caroline segue estrada a fora e chega na instituição indicada. No lugar, sente o vazio e o abandono, e por impulso leva a menina embora consigo. Sem saber o que fazer, retorna a sua casa e espera que o médico volte atrás em sua decisão (ela tem uma quedinha pelo David).

Alguns dias se passam, e Caroline fica em casa cuidando de Phoebe, e no jornal local a data do funeral simbólico de Phoebe. Prontamente, ela vai tirar satisfação com o médico. Ele alega não ter tido coragem de revelar a sua esposa que a filha que nasceu tem Síndrome de Down e que ele sabe que em breve ela terá complicações e não resistirá, isso causará muito sofrimento a Norah e ele quis evitar. Compadecida pelo sentimento que motivou o médico a entregar sua filha, Caroline toma a decisão de partir de Cleveland e cuidar de Phoebe em outra cidade.

O interessante neste livro é a percepção da autora em escrever  tão detalhadamente o sentimento de cada personagem, principalmente o sentimento de perda de Norah e o sentimento de cuidado do David, no qual este segredo não existiria se não fosse todo este zelo e vontade de conserta de David. 

"David fora tomado pela certeza antiga de que a noite de nevasca em que ele entregara sua filha a Caroline Gill não ficaria impune. A vida tinha continuado, era plena e rica; em todos os aspectos visíveis, ele era um sucesso. No entanto, em momentos esporádicos - no meio de uma cirurgia, ou dirigindo para a cidade, ou prestes a pegar no sono -, tinha sobressaltos repentinos, afligido pela culpa. Dera sua própria filha. Esse segredo tinha ficado no centro de sua família, havia moldado sua vida em comum. David o conhecia, podia enxergá-lo, visível como um muro de pedra erguido entre eles. E via Norah e Paul tentando se aproximar e batendo na pedra, sem compreender o que estava acontecendo, sabendo apenas que havia alguma coisa entre eles que não podia ser vista nem rompida". 

Um livro sensível e realista das consequências de se querer impedir o sofrimento de outras pessoas, sendo que o sentir é tão individual. Emocionante e revoltante também. Este livro merece a aprovação: 










Boa leitura, amorecos!!